Jonathan Davis, conhecido como JD, engana. Quem o vê à frente do Korn, seja nos 12 discos da banda, nos clipes estilosos ou nas apresentações barulhentas imagina um cara um tanto agressivo e voz gutural. Esta é a versão que os fãs brasileiros poderão conferir de perto pela quinta vez a partir desta quarta-feira, dia 19 de abril, quando o Korn realiza no Espaço das Américas, em São Paulo, a primeira de três apresentações no país.
A ilusão dura até a primeira troca de palavras com sua versão civil. Quem falava pelo telefone ao G1 era um JD de fala tranquila e baixa, mais preocupada com questões como bullying e o combate à diabetes tipo 1, da qual seu filho é vítima — mesmo que o vocalista não esconda seu gosto pelo peso do som da banda e por palavrões para pontuar cada ideia.
Esse outro JD é uma versão que pensa bem para falar sobre o atual presidente do Estados Unidos, Donald Trump, se recusa a princípio, mas que se entrega depois de um tempo. "Está dividindo nosso país. É uma época assustadora. Eu tenho medo pelos meus filhos", afirma.
E é uma versão que não tem problemas para explicar a polêmica em que foi envolvido após declarar em uma entrevista que "Roots", disco clássico dos brasileiros do Sepultura — e que até ri de ter sido tirado de contexto.
Depois de São Paulo, o Korn parte para apresentações em Curitiba, no Live Curitiba, nesta sexta-feira (21), e Porto Alegre, no Pepsi on Stage, no domingo (23). No palco, Davis terá a seu lado James "Munky" Shaffer (guitarra), Brian "Head" Welch (guitarra) e Ray Luzier (bateria) e uma novidade. Como o baixista Reginald "Fieldy" Arvizu não poderá participar da turnê pela América Latina, a banda recrutou um integrante de apenas 12 anos para suas funções: Tye Trujillo, filho de Robert Trujillo, do Metallica.
Fonte: Portal G1 | Foto: Divulgação