Mãe denuncia negligência médica no Hospital Oase de Timbó depois da morte do filho
19/06/2018 20:22 em Tecnologia

A espera de nove anos de um casal pelo primogênito e o nascimento de um filho parecia ser a realização de um sonho para Silvana Melo da Rosa, moradora de Ascurra.

Porém, o que era para ser um momento de felicidade depois de uma gestação tranquila de nove meses, acabou tornando-se em uma tragédia, pois segundo a mãe, por negligência médica no Hospital Oase de Timbó, o seu bebê acabou morrendo depois do parto.

Silvana Melo da Rosa disse que aguardou aproximadamente 36 horas para que fosse feito o procedimento médico para a retirada do bebê. “Sim, 36 horas esperando, e ainda sendo tratada com grosseria, dizendo que não era contração que parecia dor na bexiga”, descreveu Silvana.

“Pelo meu filho, pela memória dele, nada vai trazer ele de volta, mais talvez consiga evitar que outras mães passem por isso, porque é muito doloroso”, afirmou Silvana Melo da Rosa.

Um advogado já foi acionado pela família, que agora vai juntar todos os documentos e provas para começar um processo contra o Hospital Oase, pelo que chamam de negligência.

Veja o depoimento de Silvana Melo da Rosa que foi compartilhado em sua rede social:

"Boa tarde, primeiramente queria agradecer a todos , vocês, pelas mensagens palavras de conforto que me foram enviadas pelo momento o qual estou passando. E ao mesmo tempo pedi desculpas de não estar respondendo a ninguém, realmente, estava sem condições de conversar com ninguém. Mais hoje apesar do meu coração estar despedaçado, eu vou falar o que aconteceu na verdade , não é pra me expor , nem pra assustar ninguém, principalmente, as gestantes, mais sim uma forma de alertar , não tenho como descrever tudo aqui, pois ficaria muito instenco, mas no dia 22 de maio às 4 horas da manhã dei entrada no HOSPITAL OASE, EM TIMBO , para ter meu nenem, onde eu fiquei internada , aí meu parto não tinha evolução, para o parto normal , não tinha dilatação, passei lá dentro por 3 médicos, se é que podem ser chamados de médicos, no qual insistiam em parto normal, quando tinha dores era medicada com buscopam, aí o mais absurdo, de tudo que eu ouvi e passei lá dentro , que aquilo não era contração que minha barriga não ficava dura que eu tinha era dor na bexiga, chegando até me acusar que eu tinha dormido a noite todo que mulher com contração não dorme , onde na real.

Eu não dormi , eu já estava mal , eu já estava perdendo líquido esverdeado , que eu não sabia o que era , aí só na quarta feira as 10 da manhã fui para sala de pré parto, sem dilatação ainda insistindo no parto normal, só as três da. Tarde eu estava morrendo, vomitando sangue, aí meu marido ficou desesperado , chamou as enfermeiras aí foram atrás do médico, aí me levaram pra cesária, mais só as 16 horas ele tirou meu neném, o qual nasceu banhado em MECONIO ESPESSO, (que isso significa fez cocô ainda no útero ) isso não é uma doença, meu filho era saudável, isso pela demora no parto , e as 10 da noite eu ouvi a pior notícia da minha vida ,que meu anjo não resistiu.

Tem muito mais coisas que eu queria estar falando.mais uma coisa eu digo mães que vão ter bebê, fiquem alerta, naquele hospital , eu só ouvi grosseria , parto normal demora o primeiro e assim é tem que esperar, e eu confiei naqueles malditos médicos, 36 horas.esperando por um parto que não evoluía, e justo , eles acabaram com meu sonho mataram meu anjo , eu fui pra trazer meu filho pra casa , não para o cemitério, simplesmente trouxe o bebê conforto vazio no meu carro e as bolsas com todas as roupas de volta , isso pra mim não é fatalidade e sim negligência, acabaram comigo com meu marido com o nosso sonho , hoje estou precisando de remédios pra dormir acompanhamento na psicóloga. Mais nada vai trazer meu anjo de volta, que eu não vi , não pude beijar e abraçar, só por fotos eu conheci meu filho . Desculpem o desabafo"

O Portal Misturebas entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do Hospital Oase de Timbó, que nos enviou uma nota oficial sobre o caso:

Nota de Esclarecimento do Hospital Oase 

Primando pela qualidade no atendimento, respeito à Saúde e a Vida a direção do Hospital e Maternidade Oase assim que soube do caso, instaurou uma SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA para apurar os fatos.

A direção também já notificou o diretor Técnico e diretor Clínico para que acompanhassem o andamento do fato, assim como encaminhou as informações para uma análise do Conselho de Ética do Hospital.

 

A direção do Hospital está empenhada em obter todas as informações necessárias para tomar as devidas providências. 

 



Redação Misturebas | WhatsApp: 47 991692544
Dados: Judson Lima | Foto: Silvana Melo da Rosa (Mãe)

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