Tanto a força Tarefa dos Bombeiros Militares de Santa Catarina quanto a Força Tarefa dos Bombeiros Voluntários do estado já entraram em ação em Brumadinho, Minas Gerais (MG). Eles se deslocaram até a cidade mineira para ajudar nas operações de resgate após uma barragem de rejeitos da mineradora Vale se romper.

Segundo informações, os bombeiros militares estão atuando na "zona quente", diretamente na localização e resgate de corpos. Entre eles está o bombeiro de Gaspar, sargento Fabiano Jovinski, que conversou com a equipe de redação do Jornal Metas na noite de quinta-feira, dia 31, após o primeiro dia de trabalho na área afetada. "O cenário é muito mais desolador do que imaginávamos, é um ambiente que exala tristeza e todo tipo de coisas ruins. O odor de animais mortos é muito forte. Próximo ao posto de comando, tem um lugar onde os familiares das vítimas e desaparecidos são atendidos. Comparando com a dimensão da tragédia, qualquer pequeno trabalho que fazemos traz um alívio imensurável a eles, que apenas querem enterrar o ente querido", disse.

E é exatamente na localização de corpos que se concentra o trabalho nesta fase da operação. O sargento afirma que isto está sendo feito com o auxílio de cães farejadores. "Os cães percorrem uma área e, se em um determinado local ele demonstrar um comportamento diferente, fazemos a sondagem, perfurando o solo para exalar o odor cadavérico. Aguardamos 15 minutos e colocamos novamente um cão no local. Se ele começar a fazer buraco ou latir muito é porque ali certamente tem um cadáver", explica. No primeiro dia, segundo o sargento, 3 ou 4 pontos foram sinalizados. "Um dos corpos estava enterrado de cabeça para baixo, só aparecia os pés", emociona-se.

Já os Bombeiros Voluntários - entre eles Andrey Egídio Pereira e Tiago Alves Felaço, de Ilhota - atuam sob a coordenação dos bombeiros militares de Minas Gerais (MG). Na quinta-feira, 31 de janeiro, eles trabalharam no bairro Parque da Cachoeira, que teve a parte mais baixa soterrada pela lama de rejeitos.

O desastre 

A barragem se rompeu no dia 25 de janeiro, em Brumadinho (MG). O "mar" de lama destruiu o refeitório e o prédio da mineradora, uma pousada e casas. Até o fechamento desta edição, já se contabilizava 110 mortos e 238 desaparecidos.

Fonte: Jornal Metas | Foto: Divulgação