Conheça Eduardo Pepato, o ex-office boy por trás dos hits do sertanejo
08/08/2016 10:48 em Música

 

Tudo o que o paraense Luiz Eduardo Pepato produz vira ouro. "Amar Não é Pecado", de Luan Santana, "Balada Boa", de Gusttavo Lima, "Camaro Amarelo", de Munhoz & Mariano. Não fosse o trabalho desse ex-office boy de 29 anos, natural de Marialva (PR), a "Capital da Uva Fina" do país, talvez o sertanejo que domina o Brasil tivesse outra cara.

 

Não é exagero. Segundo a Crowley, que monitora programação no país, 4 das 10 faixas mais executadas nas rádios atualmente levam a assinatura de Pepato. Entre elas, a número 1 do momento, "Medo Bobo", da dupla sensação Maiara & Maraisa.

 

"Eu atribuo tudo isso a Deus. A gente é usado como instrumento. Quando vejo que meu trabalho está na boca do povo, só agradeço e procuro trabalhar com mais foco, da melhor forma", diz ao UOL Pepato, sotaque paranaense e simplicidade carregada em cada palavra. Ele nunca chegou a cursar faculdade.

Vindo de uma família de músicos, ele começou na noite tocando rock, gospel, forró e sertanejo no teclado. Seu primeiro estúdio, mambembe, criou no aperto da garagem de casa. Quando juntou as economias e se mudou para São Paulo, em 2007, a ideia era apenas ser roadie, assistente de produção e o que mais pintasse nos bastidores.

 

Com o êxito nos primeiros trabalhos, logo conseguiu apoio para montar o próprio estúdio profissional, batizado de "Na House", onde astros têm livre acesso. Lá, Henrique & Juliano depuraram seu som e estética e Wanessa Camargo gestou o recente retorno ao sertanejo.

 

Hoje um dos produtores mais requisitados do país, Pepato conta que teve a sorte de estar na hora certa e no lugar exato. Quando começou a empreitada de diretor musical freelancer, era 2012, época em que o mundo ainda se requebrava ao som de "Ai se eu te pego", de Michel Teló. O sertanejo se preparava ali o seu grande salto. Até hoje, o estilo não voltou a tocar o chão.

 

"Nada é eterno. Acho que esse sertanejo de hoje ainda vai ter uma vida bem longa por estar no melhor momento. Mas tudo isso vai depender do compositor, produtor e principalmente dos artistas e de seus escritórios. Eles precisam manter o mercado bom em todos os sentidos para atender o público", entende.

 

 

 

Fonte: UOL - Foto: Divulgação

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