Entenda por que a polícia arbitrou fiança para o advogado preso por matar a namorada em Balneário Camboriú
Publicado em 04/04/2019 10:28
Policial

A informação de que a Polícia Civil arbitrou fiança de R$ 50 mil para o advogado Paulo de Carvalho Souza, 42 anos, que admite ter matado a namorada, a também advogada Lucimara Stasiak, 30 anos, ganhou as redes sociais e provocou indignação em Balneário Camboriú.

Paulo se entregou depois de 25 horas de negociação com a Polícia Militar, na quarta-feira. O corpo de Lucimara só foi retirado do apartamento onde ele estava depois disso.

O delegado Ícaro Freitas, responsável pelo caso, explica por que arbitrou fiança. Segundo ele, não houve prisão em flagrante pelo homicídio, que ocorreu na quinta-feira, dia 28. Mas houve flagrante por ocultação de cadáver.

- A pena máxima por ocultação de cadáver é 3 anos. (Para crimes) até 4 anos tenho que arbitrar fiança, de acordo com o código de processo penal – diz.

Paulo não pagou e foi levado ao presídio. Enquanto isso, a polícia apresentou à Justiça um pedido de prisão preventiva pelo assassinato. Duas horas depois, foi deferido – o que significa que o advogado permanecerá detido.

- Foi um crime muito cruel, mas não posso ser arbitrário, deixando de cumprir o que manda a lei – afirma o delegado.

Um inquérito foi instaurado para seguir apurando o crime. Na madrugada desta quinta-feira, foi emitida uma declaração de óbito, que permite ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo para a família.

O laudo definitivo, com a causa da morte, deve sair nos próximos dias. O corpo tinha diversas marcas de facadas.

Lucimara será cremada em Balneário Camboriú. Depois, as cinzas seguirão para o crematório de Blumenau, onde terá uma homenagem organizada pela OAB, a partir das 15h.

Fonte: nsc/Por Dagmara Spautz | Foto: Reprodução
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